A reconstru\u00e7\u00e3o de orelha \u00e9 um grande cap\u00edtulo da cirurgia pl\u00e1stica, pois as deformidades que envolvem os pavilh\u00f5es auditivos s\u00e3o de ordem traum\u00e1tica e cong\u00eanita.<\/p>\n
Quanto maior a extens\u00e3o da deformidade, mais complexa ser\u00e1 a sua repara\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
As altera\u00e7\u00f5es cong\u00eanitas mais comuns s\u00e3o as orelhas em abano, as altera\u00e7\u00f5es do ter\u00e7o superior da orelha (cup ear = orelha em ta\u00e7a, criptotia = 1\/3 superior parcialmente escondido) e depois a microtia (que \u00e9 a orelha completamente ausente, em geral sem conduto auditivo).<\/p>\n
A microtia \u00e9 em geral um dos sinais de alguma s\u00edndrome existente, ocorrendo menos frequentemente como uma deformidade isolada.<\/p>\n
De qualquer forma, a reconstru\u00e7\u00e3o se d\u00e1 utilizando-se a parte cartilaginosa das cartilagens costais, numa sequ\u00eancia cir\u00fargica longa, trabalhosa e delicada, pois o arcabou\u00e7o necessita ser criado e redesenhado, assim como uma pele bem fina deve ser providenciada para recobri-lo.<\/p>\n
Ainda, esta pele (fina) deve permitir a visualiza\u00e7\u00e3o do desenho do novo arcabou\u00e7o cartilaginoso; que visa mimetizar as curvas e reentr\u00e2ncias da orelha normal. S\u00e3o alguns tempos cir\u00fargicos para a reconstru\u00e7\u00e3o completa de uma orelha ausente ou que apresenta apenas vest\u00edgios embrion\u00e1rios.<\/p>\n