Existem diversos tipos de tumores de pele. Os benignos são os mais frequentes, entretanto, os cânceres de pele (tumores malignos) estão presentes cada vez mais nos consultórios de dermatologistas e cirurgiões plásticos.
Nossa sociedade cultiva o corpo e estar bronzeada(o) no verão é algo ainda muito forte na população brasileira.
A cultura do uso do filtro solar ainda é bastante recente e se voltarmos uns 30 anos no tempo, vamos sempre lembrar de algum amigo ou parente próximos que passou na pele óleo Johnson com sementes de urucum ou mesmo a antiga conhecida coca-cola para ganhar um bronzeado “moreno”. Esta foi a época dos “bronzeadores”. Atualmente, estamos na era do “bloqueadores”solares (filtros solares).
Como o efeito da radiação ultra-violeta é cumulativo, o sol do passado pode ser o câncer de pele do presente ou mesmo do futuro; uma vez que poderá surgir daqui a alguns anos. Além do risco de produzir um câncer de pele, lembre-se que a radiação ultravioleta também induz a um fenômeno chamado elastose solar, que é a destruição das fibras elásticas da derme (camada intermediária da pele que contém fibras de colágeno e elásticas).
A pele elastótica perde sua elasticidade, fica áspera, apresenta inúmeras rugas, e em geral, apresenta também manchas hipercrômicas (amarronzadas).
Os cânceres de pele mais frequentes possuem nomes que de início assustam e são eles: o carcinoma basocelular (CBC), o carcinoma espinocelular (CEC) e o melanoma maligno (MM). Todos possuem, de alguma forma, relação direta com a exposição solar.
Em ordem crescente de agressividade local, loco-regional e à distância podemos colocar da seguinte maneira: CBC, CEC e o MM; este o mais agressivo e temido.
Os pacientes de pele clara possuem menor quantidade de melanina na pele e acabam por estar mais susceptíveis aos efeitos nocivos da radiação ultra-violeta.
Todas as pessoas devem procurar um cirurgião plástico ou um dermatologista para fazer um exame detalhado da pele do corpo para que as pintas, manchas, verrugas e sinais sejam analisados cuidadosamente.
Áreas não expostas ao sol também podem apresentar câncer de pele. Uma vez detectada uma lesão suspeita à regra do ABCD (em que avalia, a cor, as bordas, a simetria, e o tamanho de cada lesão), realiza-se uma dermatoscopia que pode tanto afastar uma lesão que era suspeita como determinar que outra lesão seja biopsiada.
A biópsia é a remoção de um pedaço da lesão (biópsia incisional) ou de toda a lesão (biópsia excisional). Esta amostra de tecido é analisada pelo patologista sob o microscópio, que dá o diagnóstico da lesão. É o diagnóstico inicial que define os próximos passos a serem seguidos.
Se você é um paciente de pele clara, que gosta de tomar sol ou de praticar atividade física ao ar livre, use sempre filtro solar com fator de proteção solar superior a 30 (FPS 30) e durante as atividades físicas ou mesmo banho de piscina ou mar, reaplique-o a cada 2 horas ou após cada mergulho.
Se você é um paciente que já teve um câncer de pele, não deixe de fazer consultas periódicas ao cirurgião plástico ou ao dermatologista.
O diagnóstico precoce de cânceres de pele facilita, e muito, o seu tratamento e cura.