Lesões por Pressão – Escaras

Escara é o nome popular dado às úlceras por pressão também chamadas de UPPs. Pacientes que apresentam reduzida movimentação correm maior risco de desenvolver as lesões ocasionadas pela pressão gerada pelo peso de determinada região do corpo sobre à pele imediatamente abaixo.

Assim, pacientes de UTI em coma, cadeirantes, pacientes acamados por quaisquer que sejam as razões podem desenvolver tais lesões.

Estas lesões são mais frequentemente localizadas no corpo onde há eminências ósseas, como na região sacral, nas regiões isquiáticas, nas regiões trocanterianas, na nuca (região occipital), nos calcâneos e em outras regiões onde o paciente pode, em virtude do decúbito em que permanece prolongadamente, apresentar (orelhas, cotovelos, ombros e até mesmo junto às escápulas, nas costas).

A melhor maneira de tratar é a prevenção, que envolve o uso de colchões especiais, hidratação da pele principalmente nas regiões de apoio, uso de protetores calcaneares, de placas de hidrocolóide finas ou mesmo de filmes de poliuretano nestas regiões.

Entretanto nenhuma destas medidas é eficaz se o paciente não receber mudança de decúbito a cada 2 horas. Os cadeirantes devem usar almofadas especiais (tipo ho-ho™) e aliviar a pressão por 2 minutos a cada hora, considerando que as regiões isquiáticas são as que apresentam as maiores pressões de apoio.

Contudo, por razões diversas, não é infrequente pacientes acamados e cadeirantes, apesar de cuidados, desenvolverem lesões por pressão.
Os diferentes graus da lesão determinam a terapia a ser utilizada. Os casos iniciais podem ser tratados com placas de hidrocolóide e os casos que desenvolvem necrose necessitam de debridamento.

O debridamento mais eficaz e rápido é o cirúrgico, `a beira do leito ou no centro cirúrgico sob anestesia. Entretanto, há casos em que não se pode realizar o debridamento cirúrgico e o debridamento químico se torna a única opção. As substâncias debridantes mais utilizadas são a papaína e a colagenase; entre outras.