Orelhas em Abano

A cirurgia de correção das orelhas em abano é também conhecida como otoplastia. A otoplastia envolve a remodelagem da cartilagem da orelha através de pontos ou mesmo da redução de segmentos específicos da cartilagem, como é o caso da concha auricular. Esta, quando é muito pronunciada, necessita ser reduzida para que todo o arcabouço cartilaginoso possa se aproximar do crânio e, assim, reduzir o efeito de afastamento. O que também é conhecido como orelhas abertas e que no ambiente escolar recebe inúmeros nomes e as crianças acabam por ganhar apelidos, o que pode acarretar problemas de auto-estima.

Os meninos sofrem mais por não conseguirem esconder as orelhas em abano, já as meninas conseguem, com o auxílio de cabelos mais longos encobrir a alteração; que pode acometer apenas uma orelha isoladamente. Entretanto o mais comum é a apresentação bilateral da alteração da formação das orelhas.

Deste modo, uma tendência é operar os pacientes na fase pré-escolar para que cheguem à escola já sem a deformidade. Entretanto, por receio da anestesia geral, frequentemente os pais adiam a cirurgia até que seus filhos atinjam idade um pouco mais avançada.

Esta cirurgia, em adultos e crianças a partir de 10 anos, é realizada sob anestesia local em consultório e sem qualquer sedação. O curativo utilizado por 24 a 48 horas é em formato de capacete e logo é substituído por faixas apropriadas ou mesmo por faixas de bailarinas para as meninas e faixas de tenistas para os meninos.

A otoplastia é uma das poucas cirurgias da especialidade que costuma apresentar dor no pós-operatório a ponto de requerer um esquema analgésico rigoroso, o qual contorna muito bem a sintomatologia sem causar incômodo ao paciente. As cicatrizes se situam bem no sulco que se forma entre a anti-hélice e a concha, de maneira que, ao prender o cabelo ou mesmo utilizar um corte de cabelo bem curto, não é possível a sua visualização.

Complicações com as cicatrizes neste tipo de cirurgia podem ocorrer e as mais frequentes são a hipertrofia cicatricial e o quelóide, os quais são tratados clinicamente.

Apenas o quelóide que, se não responder ao tratamento clínico, poderá necessitar de ressecção cirúrgica seguida por sessões de betaterapia.

Ainda, a recidiva, isto é, a volta completa ou de parte da deformidade, pode ocorrer nas cartilagens mais duras, firmes, o que em geral acontece nos pacientes com idade mais avançada.

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